A Autora

Por diversas vezes mudei, deletei, reformei ou ignorei o "about" do meu orkut. E agora, por algum motivo eu faço um about em meu blog pessoal. Eu sou fiel seguidora da filosofia de que nem mil palavras sobre alguém são o suficiente para que se conheça a essência de uma pessoa. Porém, muitos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem e não conseguem conhecê-la por completo. Então, eu, em minha errante e imatura juventude tenho, no máximo, uma noção da minha própria essência.
Gosto dessa foto. Gosto da luminosidade dela, gosto do vento que balança meus cabelos e gosto do que sinto quando tento relembrar o que passava pela minha cabeça nesse dia. Eu tinha 15 anos, louca para completar 16, muitas dúvidas, anseios, muitos medos.
Pensando bem, eu não mudei em muita coisa. Tenha 18 anos, louca para completar 19, e ainda tenho muitas dúvidas, anseios e medos. Mas eles são bem diferentes daqueles dos meus 15 anos. O tempo decididamente nos trás alguma maturidade. Mas não tanta. Já teve a sensação de que há um ano atrás você era um completo idiota? Pois é... eu tenho essa sensação todos os dias. Que há um dia atrás eu era uma completa idiota.
Sou meio inconstante sentimentalmente, mas fiel aos meus princípios. Tento fazer bem as pessoas e não me decepciono quando não recebo o mesmo em troca. Não é clichê quando dizem que a vida é a maior e melhor escola. Se nas escolas temos o direito de errar, na vida também o temos! Quando erramos nas escolas, recebos uma nota baixa. Na vida, perdemos alguma coisa. A saída é torcer para que o alvo do seu erro saiba disso tudo e possa perdoá-lo. Mas é o ciclo natural e, se alguém não o perdoa, a saída é se autoperdoar. Às vezes um perdão interior é mais válido que uma amizade perdida. E eu aprendi isso na prática.
Outra coisa em que acredito é que ideias doadas e repassadas são uma marca maior que sangue.
Aprendi também que tenho uma incrível facilidade de me apegar as pessoas. E que elas têm uma tendência maior ainda a não corresponderem ao meu apego. Ou talvez eu seja apenas exigente demais. Então, eu prefiro manter os meus poucos e bons!
Indo para a parte técnica, eu sou uma estudante de Jornalismo com sérias tendências literárias. Gosto das palavras. Amo as palavras e tento fazer o melhor uso possível delas. Sou amante do cheiro de páginas velhas, da pipoca do cinema, das silhuetas coladas contra a luz da imensa tela. A música está para mim assim como o esporte: aprecio, mas não levo jeito - embora tenha tentado. Na música, tentei tocar violão. Em vão. Nos esportes, tentei nadar, jogar vôlei, lutar... Confesso que a luta me cativou, mas hoje apenas caminho para não virar uma estranha-nem-um-pouco-sociável-sedentária.
A propósito, o nem-um-pouco-sociável não implica a falta de simpatia. Meu rosto é quase irreconhecível sem um sorriso. Em geral, eu sou gentil e amável com as pessoas. Exceto com os íntimos.
Sou simples e não gosto de complicações. Não gosto de profissões complexas, de pessoas que escolhem seu ciclo íntimo pelo benefício que receberão em troca.
Acredito em Deus e na força que nos incita a buscar os melhores caminhos. É isso que me mantém viva e esperançosa...

2 comentários:

  1. "Meu rosto é quase irreconhecível sem um sorriso."

    Sorrisos da alma, sobretudo.
    Cativante.
    Essa é a palavra.

    Beijos com afeto, bela.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...