terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cultive Rosas. Não as esqueça.

Ao som de Blondie e uma leve inquietação na mente, retomo o meu blog. Não sei quanto ele vai durar dessa vez, ou se essa será apenas mais uma postagem esquecida.
Talvez esse post não seja tão feliz quanto o que eu gostaria que fosse, porém, nem só de flores a vida é feita e, às vezes, o jardineiro precisa esquecê-las um pouco a fim de cuidar de si mesmo. Ninguém pode viver apenas a fim de algo ou alguém. Acabamos descobrindo que o que achamos ser a nossa criação, ou a nossa rosa, nos decepciona após tirar de nós tudo ou quase tudo o que poderia. Mesmo que seja como um erro ou como algo imperceptível, mesmo que não fosse intenção da rosa em questão deixar que o espinho machucasse quem lhe punha água.
A questão é que as pessoas erram. Machucam-se e machucam os demais. E ninguém está imune a isso. A questão é que ninguém conhecerá completamente outra pessoa. Todos temos demônios que preferimos guardar apenas para nós mesmos e, algumas vezes (em algumas pessoas mais frequentemente que em outras), esses demônios falam mais alto que a razão, ou o coração, ou o que quer que nos guie.
Não adianta confiar em anjos, flores, amores eternos, amizades infalíveis. No fim, somos todos humanos. Não que isso seja algo completamente ruim. O nosso objetivo na vida não é sermos perfeitos, mas errarmos para melhorar. Não só a si próprio, mas a outras pessoas.
Porém, ter a oportunidade de melhorar e persistir no erro é o que realmente machuca. Pelo menos a mim. Não é algo que eu consiga sustentar com muita facilidade.
Talvez ninguém mais veja isso, apenas a pessoa a quem esse texto diz respeito. Na verdade, não vejo necessidade e não preciso que ninguém mais veja. Só espero que ela saiba como agir frente a isso. Não ao texto, mas à situação.
O amor, seja ele de que tipo for, não é tão imune quanto julgamos. Nem o meu por você. Cultive-o como eu cultivo a minha rosa e eu garanto que ele será eterno. Disperdice-o e trate-o como todos os outros "amores" da sua vida que ele acabará. Essa é uma realidade humana. Como o que somos.

Espero que o próximo texto seja razoavelmente mais feliz.
Feliz Ano Novo a todos (ou a ninguém) que virem isso.

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