quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sobre o quanto a vida é bela


Sabe quando você acorda sentindo falta de algo? Olha pro lado e vê que sua televisão está lá, seu notebook também, sua estante de livros, sua gaveta de DVD's, seu celular... Aí simplesmente se sente mal por sentir falta de algo quando a maioria das pessoas do mundo têm bem menos.
Infelizmente, não é algo que se possa evitar. Acho que esse sentimento de falta vai demorar um pouquinho pra passar. Mas eu prefiro senti-lo a não sentir nada.

Deixando o sentimentalismo de lado, vamos aos meus interesses que, talvez, sejam um pouco mais interessantes para você, leitor, que os meus dramas psiocológicos.
Antes de ontem assisti a um filme realmente muito bom. Talvez um dos melhores a que assisti no último ano, se não o melhor. Um trabalho lindo sobre a Segunda Guerra Mundial, de Roberto Benigni (que também atua no filme), A Vida é Bela (Itália, 1997), mostra uma parte da realidade do Holocausto sem deixar o humor de lado.
O personagem principal, Guido (Roberto Benigni) é judeu e casa com uma italiana pura. Têm um filho e sempre viveram com simplicidade, porém felicidade. Até que Guido e seu filho são levados a um campo de concentração no dia do aniversário do pequeno Giosué. Dora, esposa de Guido, mesmo que não fosse judia, insiste em ser levada junto. Lá, Guido tenta enfrentar a situação com humor para que seu filho não fosse amedrontado. Não pense que o filme é uma sátira. Eu o definiria como uma lição de vida. Guido pode parecer para muitos um homem palhaço que não consegue levar uma situação a sério, ainda que a sua vida esteja em perigo. Na minha opinião, ele é um homem forte o bastante para tentar impedir o sofrimento de seu filho, ainda que veja a morte dele, da esposa e a sua própria a cada dia mais próxima. O filme é incrivelmente emocionante ao mesmo tempo que engraçado. Recomendado a todos que não resumem a sua filmografia a "besteiróis" e comédias românticas.

Agora, criticando. Bem, o blog é meu, o gosto é meu também, eu creio que tenha esse direito. Confesso que quando baixei o novo CD de Black Eyed Peas, The E.N.D. (Energy Never Dies), eu realmente esperava mais que três músicas boas. Gosto bastante da banda. Na época de Shut Up, Where's the love? (ápice!), Let's get started, eles me pareciam muito atraentes. Se uma música não tinha uma letra razoavelmente boa, o ritmo compensava e assim me parecia algo agradável de se ouvir. Mas o que é isso em The E.N.D.? Fui capaz de contar nos dedos de uma mão as músicas que consegui escutar até o fim. Têm decaído um bocado enquanto Fergie, em sua carreira solo, apenas evolui. Vai saber qual a jogada da vez... Ou talvez os meus gosto apenas estejam um pouco antiquados. Enfim, fica a dica.
Obs: Sem querer ser tão desprezível com os feijões, "Meet me Halfway" me surpreendeu, o melhor single do álbum sem sombra de dúvidas.

Faltam dois dias pro ano terminar e eu realmente espero que o próximo seja um bom ano.
Até amanhã ou Deus sabe quando!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cultive Rosas. Não as esqueça.

Ao som de Blondie e uma leve inquietação na mente, retomo o meu blog. Não sei quanto ele vai durar dessa vez, ou se essa será apenas mais uma postagem esquecida.
Talvez esse post não seja tão feliz quanto o que eu gostaria que fosse, porém, nem só de flores a vida é feita e, às vezes, o jardineiro precisa esquecê-las um pouco a fim de cuidar de si mesmo. Ninguém pode viver apenas a fim de algo ou alguém. Acabamos descobrindo que o que achamos ser a nossa criação, ou a nossa rosa, nos decepciona após tirar de nós tudo ou quase tudo o que poderia. Mesmo que seja como um erro ou como algo imperceptível, mesmo que não fosse intenção da rosa em questão deixar que o espinho machucasse quem lhe punha água.
A questão é que as pessoas erram. Machucam-se e machucam os demais. E ninguém está imune a isso. A questão é que ninguém conhecerá completamente outra pessoa. Todos temos demônios que preferimos guardar apenas para nós mesmos e, algumas vezes (em algumas pessoas mais frequentemente que em outras), esses demônios falam mais alto que a razão, ou o coração, ou o que quer que nos guie.
Não adianta confiar em anjos, flores, amores eternos, amizades infalíveis. No fim, somos todos humanos. Não que isso seja algo completamente ruim. O nosso objetivo na vida não é sermos perfeitos, mas errarmos para melhorar. Não só a si próprio, mas a outras pessoas.
Porém, ter a oportunidade de melhorar e persistir no erro é o que realmente machuca. Pelo menos a mim. Não é algo que eu consiga sustentar com muita facilidade.
Talvez ninguém mais veja isso, apenas a pessoa a quem esse texto diz respeito. Na verdade, não vejo necessidade e não preciso que ninguém mais veja. Só espero que ela saiba como agir frente a isso. Não ao texto, mas à situação.
O amor, seja ele de que tipo for, não é tão imune quanto julgamos. Nem o meu por você. Cultive-o como eu cultivo a minha rosa e eu garanto que ele será eterno. Disperdice-o e trate-o como todos os outros "amores" da sua vida que ele acabará. Essa é uma realidade humana. Como o que somos.

Espero que o próximo texto seja razoavelmente mais feliz.
Feliz Ano Novo a todos (ou a ninguém) que virem isso.

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